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Mimoso do Sul, no Sul do Espírito Santo, foi a segunda cidade capixaba a registrar morte por febre maculosa em 2022. A vítima, identificada como Wany Thomas de Souza, de 23 anos, morava na zona rural do município e morreu nesta quarta-feira (5).
Com os outros dois óbitos contabilizados em Itapemirim, o estado registrou três mortes pela doença em menos de duas semanas.
Wany deu entrada no Pronto Socorro do Hospital Apóstolo Pedro (HAP) no dia 30 de setembro com suspeita de dengue hemorrágica ou leptospirose. A vigilância epidemiológica da cidade passou a acompanhar o caso e abriu notificação para febre maculosa.
Dias antes de adoecer, Wany falou com os agentes da vigilância epidemiológica que esteve na localidade onde o marido trabalha, às margens do Rio Itabapoana, e que teria sido picada por um carrapato.
Dois dias antes de morrer, Wany começou a piorar e foi transferida para o Hospital Evangélico Litoral Sul (Heci), em Itapemirim, onde exames laboratoriais confirmaram a febre maculosa.
A vigilância epidemiológica do município informou as localidades por onde Wany esteve serão monitoradas para traçar medidas de orientação e contenção da doença.
A Prefeitura de Mimoso do Sul disse que aguarda orientações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e não tem mais informações sobre o caso.
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Terceira morte em nove dias
As outras duas mortes por febre maculosa no Espírito Santo aconteceram na comunidade do Rio Muqui, em Itapemirim. A primeira morte foi de um homem e a segunda de uma mulher. O marido desta segunda vítma está internado em estado grave no hospital.
Outros três casos que estavam em investigação foram descartados.
Febre maculosa
A febre maculosa é a doença causada por uma bactéria do gênero Rickettsia transmitida pelo carrapato-estrela e que pode gerar uma série de sintomas como febre, manchas avermelhadas pelo corpo, dores de cabeça e pelo corpo. Os casos podem evoluir para morte.
Os sintomas desses pacientes teriam começado após comer carca de caça. Mas, a prefeitura de Itapemirim declarou que a carne foi enviada ao Lacen para análise, mas ressaltou que é pouco provável que o consumo da carne transmita a febre maculosa, já que a doença é transmitida pelo carrapato contaminado com a bactéria, não pela ingestão.